sexta-feira, 23 de maio de 2014

Educando para a Criatividade

Há algum tempo atrás, as escolas proporcionavam aos alunos, visitas a museus, parques, zoológicos, praias, banhos de piscina em parque aquáticos.  As famílias entregavam seus filhos com confiança aos cuidados da direção e professores. Era muito importante proporcionar ao aluno uma educação integral e com diferentes estratégias de aprendizagem. A confiança nas escolas e nos profissionais da educação aos poucos foi acabando, não sabemos em que momento essa relação se desfez.  
As escolas se retraíram, procurou-se não mais levar os alunos para viagens de estudo. Inúmeras foram às desculpas: financeiro, segurança, falta de profissionais capacitados. A escola mudou, as crianças mudaram; já não vivem mais em casas com amplos jardins, não andam de bicicleta, não vão a pé  à escola, não se reúnem mais nos finais de semana para jogar bola. O que se percebe é que essas crianças e jovens tornaram-se desmotivados, agressivos em alguns casos, nada mais lhes causa prazer.  Já não sabem mais brincar se não for ao computador ou celular e com isso  estão   perdendo  a criatividade. Segundo Torre (2013) a “criatividade é a decisão de fazer algo pessoal e valioso para a satisfação própria e benefícios dos demais”.
 A estimulação à criatividade é uma responsabilidade social e educativa.  Assumindo nosso papel social e de educador é que propomos uma nova forma de aprender, fora das salas de aulas. Para Einstein “a arte mais importante de um professor é saber despertar em seus educandos a alegria de criar e de conhecer”. O conhecimento não é mais produzido no interior das salas de aula, mas vem de fora para dentro.  O aluno precisa conhecer outras formas de aprender e nós professores precisamos aprender novas formas de ensinar.
No início de 2014 planejamos nossa primeira viagem de estudos com alunos do primeiro ano do ensino médio. Iniciamos com esse grupo, pois, é fato que ao longo dos bimestres muitos desistem dos estudos por motivos: financeiros, de trabalho, ou porque a escola não oferece nada de atrativo, a não ser um ponto de encontro social. Nosso aluno precisa estar na escola, estudando, conhecendo, criando.  Assentados nesses objetivos é que nos professores do ensino médio criamos um projeto que possibilita a saída dos alunos em viagens de estudo, visando uma formação interdisciplinar e transdisciplinar.  Fazendo com que as relações de teoria e prática tornem-se próximos.
No mês de maio aconteceu a primeira viagem de estudo a Florianópolis, onde os alunos conheceram a praia Costão do Santinho e puderam registrar com imagens fotográficas as pinturas rupestres. Posteriormente foram ao centro da cidade de Florianópolis tiveram o privilégio de conhecer o mercado público municipal e visitar o museu do corpo humano.
Para muitos alunos, foi uma oportunidade única, pois nunca tinham visitado Florianópolis. Segues alguns depoimentos:
“A viagem foi extremamente interessante [...] Para mim, a exposição do corpo humano foi o melhor da viagem, pois aprendemos muito sobre o assunto. Você ver o corpo humano foi demais! Muito bom, espero ter mais viagens”. Marlon K de Souza – 15 anos -1a V
“O Padeiro de Sevilha achei muito bom estar, até por ser uma padaria com jardins nos fundos. O Padeiro de Sevilha traz o sabor das padarias europeias com muitos detalhes nos sabores de suas produções alimentícias”. Victor Gabriel Vedovetto – 14 anos – 1a V
“ A viagem para Florianópolis foi proveitosa , uma ótima viagem em grupo. Souberam escolher muito bem os lugares, além de ser um passeio de estudos, foi muito  divertido. Fizemos novas amizades” Tuane Vargas – 14 anos.
“Gostamos muito da praia Costão do Santinho, pois além da praia ser bem calma é bem limpa. A vista  era linda! A exposição do corpo humano também foi muito legal. O shopping foi tudo de bom, muito chique!. Nos divertimos muito”. Joice Rayane Barbosa e Roseli Vargas – 15 anos - 1a V.
“Eu gostei do passeio, pois além de ser um passeio de estudos, podemos conhecer lugares que não conhecíamos e perceber que estudo não é só em  sala de aula, mas em tudo” Letícia Isabele Morais da Silva – 15 anos – 1a V.
Por fim, durante todos os momentos, os professores puderam interagir com os alunos, trocando ideias, experiências, risos e sorrisos.
Aos professores Ana Maria Quinoto Imhof (biologia), Márcia Antônia Moreira (química), Berenice da Silva Lemos (história), Djanira Tatiane Gartner (arte), Rosinei Ana C dos Reis (língua portuguesa e literatura), Evandro Dalmarco (Educação Física), que abraçaram essa iniciativa, um muito obrigado.


Ana Maria Quinoto Imhof (MSC)

Costão do Santinho      Arquivo: professora Djanira Tatiane Gartner 2014

Costão do Santinho      Arquivo: professora Djanira Tatiane Gartner 2014

Professores do projeto – Educando para criatividade   Arquivo: professora Djanira Tatiane Gartner         2014

“O Fantástico Corpo Humano” e Mercado Público

No dia 21 de maio de 2014 os alunos das segundas e terceiras séries do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Feliciano Pires, acompanhados dos professores: Aldo Antunes (sociologia), Ana Maria Quinoto Imhof (biologia), Márcia Antônia Moreira (química), Berenice da Silva Lemos (história), Djanira Tatiane Gartner (arte), Rosana Knihs (biologia), Scheila Fantini Vargas (assistente de educação), Roseani de Oliveira (inclusão social) Visitaram a  exposição “O Fantástico Corpo Humano”,  em Florianópolis  no Beiramar Shopping  e o Mercado Público.
O Corpo humano é uma viagem completa pela anatomia humana por meio de 12 corpos e 150 órgãos reais. Essa é a proposta da exposição “Os corpos passaram por um complexo processo chamado plastinação, que envolve a retirada de toda água e gordura do corpo, sendo substituídos por polímeros plásticos coloridos. Dessa forma, os corpos não cheiram e não se decompõem - e até retêm a maioria de suas propriedades originais. Por essa razão, as espécimes são consideradas perfeitas e é possível ver características anatômicas com grandes detalhes, como por exemplo, a árvore respiratória do pulmão ou a enorme quantidade de vasos sanguíneos do corpo, assim como músculos e ossos.
Após o momento de estudo os alunos fizeram uma caminhada no Shopping, observando o tipo de comércio e o público que o frequenta..
No período da tarde conheceram o Mercado Público construído no século XVIII O prédio que hoje abriga o Mercado Público de Florianópolis foi construído em frente à Alfândega no ano de 1898, em substituição ao antigo mercado, o qual foi demolido em 1896 após 45 anos de funcionamento. Sua construção e localização entre os ano de 1791 e 1848, foi motivo de acirrados debates entre os chamados “barraquistas” e os “judeus” e posteriormente  originou os dois primeiros partidos políticos de Santa Catarina.
O Mercado Público é considerado  um dos espaços mais democráticos da Ilha, talvez pelo fato de reunir em um só endereço artistas, políticos, boêmios e pessoas simples, sem distinções. Depois de conhecer esses espaços diferenciados teceram suas ponderações.


Ana Maria Quinoto Imhof (MSC)
  Mercado Público -   Arquivo: Djanira T. Gartner/2014
“O Fantástico Corpo Humano” Arquivo: Djanira T. Gartner /2014
 
Ponte Hercílio Luz - Arquivo: Djanira T. Gartner/ 2014

Arquivo: Djanira T. Gartner/2014