Há
algum tempo atrás, as escolas proporcionavam aos alunos, visitas a museus,
parques, zoológicos, praias, banhos de piscina em parque aquáticos. As famílias entregavam seus filhos com
confiança aos cuidados da direção e professores. Era muito importante
proporcionar ao aluno uma educação integral e com diferentes estratégias de
aprendizagem. A confiança nas escolas e nos profissionais da educação aos
poucos foi acabando, não sabemos em que momento essa relação se desfez.
As
escolas se retraíram, procurou-se não mais
levar os alunos para viagens de estudo. Inúmeras foram às desculpas:
financeiro, segurança, falta de profissionais capacitados. A escola mudou, as
crianças mudaram; já não vivem mais em casas com amplos jardins, não andam de
bicicleta, não vão a pé à escola, não se
reúnem mais nos finais de semana para jogar bola. O que se percebe é que essas
crianças e jovens tornaram-se desmotivados, agressivos em alguns casos, nada
mais lhes causa prazer. Já não sabem
mais brincar se não for ao computador ou celular e com isso estão perdendo
a criatividade. Segundo Torre (2013) a “criatividade é a decisão de
fazer algo pessoal e valioso para a satisfação própria e benefícios dos demais”.
A estimulação à criatividade é uma
responsabilidade social e educativa.
Assumindo nosso papel social e de educador é que propomos uma nova forma
de aprender, fora das salas de aulas. Para Einstein “a arte mais importante de
um professor é saber despertar em seus educandos a alegria de criar e de
conhecer”. O conhecimento não é mais produzido no interior das salas de aula,
mas vem de fora para dentro. O aluno
precisa conhecer outras formas de aprender e nós professores precisamos
aprender novas formas de ensinar.
No
início de 2014 planejamos nossa primeira viagem de estudos com alunos do
primeiro ano do ensino médio. Iniciamos com esse grupo, pois, é fato que ao longo
dos bimestres muitos desistem dos estudos por motivos: financeiros, de trabalho,
ou porque a escola não oferece nada de atrativo, a não ser um ponto de encontro
social. Nosso aluno precisa estar na escola, estudando, conhecendo, criando. Assentados nesses objetivos é que nos
professores do ensino médio criamos um projeto que possibilita a saída dos
alunos em viagens de estudo, visando uma formação interdisciplinar e
transdisciplinar. Fazendo com que as
relações de teoria e prática tornem-se próximos.
No
mês de maio aconteceu a primeira viagem de estudo a Florianópolis, onde os
alunos conheceram a praia Costão do Santinho e puderam registrar com imagens
fotográficas as pinturas rupestres. Posteriormente foram ao centro da cidade de
Florianópolis tiveram o privilégio de conhecer o mercado público municipal e
visitar o museu do corpo humano.
Para
muitos alunos, foi uma oportunidade única, pois nunca tinham visitado
Florianópolis. Segues alguns depoimentos:
“A viagem foi extremamente interessante
[...] Para mim, a exposição do corpo humano foi o melhor da viagem, pois
aprendemos muito sobre o assunto. Você ver o corpo humano foi demais! Muito
bom, espero ter mais viagens”. Marlon K de Souza – 15
anos -1a V
“O Padeiro de Sevilha achei muito bom
estar, até por ser uma padaria com jardins nos fundos. O Padeiro de Sevilha
traz o sabor das padarias europeias com muitos detalhes nos sabores de suas
produções alimentícias”. Victor Gabriel Vedovetto – 14 anos – 1a
V
“ A viagem para Florianópolis foi
proveitosa , uma ótima viagem em grupo. Souberam escolher muito bem os lugares,
além de ser um passeio de estudos, foi muito
divertido. Fizemos novas amizades” Tuane Vargas – 14 anos.
“Gostamos muito da praia Costão do
Santinho, pois além da praia ser bem calma é bem limpa. A vista era linda! A exposição do corpo humano também
foi muito legal. O shopping foi tudo de bom, muito chique!. Nos divertimos
muito”. Joice Rayane Barbosa e Roseli Vargas – 15 anos - 1a
V.
“Eu gostei do passeio, pois além de ser
um passeio de estudos, podemos conhecer lugares que não conhecíamos e perceber
que estudo não é só em sala de aula, mas
em tudo” Letícia Isabele Morais da Silva – 15 anos – 1a
V.
Por
fim, durante todos os momentos, os professores puderam interagir com os alunos,
trocando ideias, experiências, risos e sorrisos.
Aos
professores Ana Maria Quinoto Imhof (biologia), Márcia Antônia Moreira
(química), Berenice da Silva Lemos (história), Djanira Tatiane Gartner (arte),
Rosinei Ana C dos Reis (língua portuguesa e literatura), Evandro Dalmarco (Educação
Física), que abraçaram essa iniciativa, um muito obrigado.
Ana
Maria Quinoto Imhof (MSC)
Costão
do Santinho Arquivo: professora
Djanira Tatiane Gartner 2014
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Costão do Santinho
Arquivo: professora Djanira Tatiane Gartner 2014
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Professores
do projeto – Educando para criatividade
Arquivo: professora Djanira Tatiane Gartner 2014
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